Vazamento de produtos químicos: Curiosidades históricas sobre legislação e prevenção

Por: ResiduoALL - 02 de Agosto de 2019
O Histórico da Legislação Brasileira para Prevenção de Acidentes Ambientais com Produtos Químicos
O Brasil, devido a alguns acidentes ambientais envolvendo vazamentos de produtos químicos, viu seu ecossistema e bioma local serem severamente afetados, resultando em danos à fauna e flora. Esse cenário motivou a criação de normas e regras ambientais, com o intuito de regulamentar o trabalho de quem manuseia substâncias químicas e evitar novos incidentes.
Breve Histórico da Legislação Ambiental para Prevenção de Acidentes com Produtos Químicos
A preocupação com a poluição e a proteção ambiental no Brasil começou a ser regulamentada ainda no final do século XIX. Vamos explorar algumas das principais marcos históricos nesse sentido:
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Decreto de 1899: A primeira legislação ambiental relevante foi um decreto federal que proibia o lançamento de lixo, cinzas e materiais poluentes dos navios nos mares e rios. Esta lei permaneceu em vigor até o ano 2000.
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Lei de 2000: Nesse ano, surgiu uma nova regulamentação para o descarte de substâncias impróprias nas águas, mas com algumas limitações em relação ao seu alcance e eficácia.
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Decreto de 1979: Este decreto estabeleceu a responsabilidade civil por danos causados por poluição de óleo, focando na prevenção e correção de incidentes relacionados a essa substância.
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Portaria de 1998 da Agência Nacional de Petróleo: Determinava que qualquer poluidor deveria comunicar imediatamente à ANP sobre situações que representassem riscos à saúde pública e ao meio ambiente devido à contaminação.
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Lei de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605 de 1998: Esta importante lei federal introduziu penalidades para ações que causassem danos ao meio ambiente e deu um passo crucial na prevenção de acidentes ambientais.
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Lei do Óleo e Substâncias Nocivas (2000): Estabeleceu princípios relacionados ao transporte e manuseio de óleo e outras substâncias perigosas em portos, plataformas e navios nas águas brasileiras.
Além disso, várias regulamentações foram criadas para abordar as condições de transporte e armazenamento de produtos químicos e para regulamentar a movimentação de substâncias perigosas.
Órgãos Reguladores e sua Importância
A prevenção de vazamentos de produtos químicos e a proteção ambiental se tornaram preocupações prioritárias para diversos órgãos do governo brasileiro, bem como para instituições de pesquisa. Entre os principais órgãos reguladores e fiscalizadores, destacam-se:
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CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
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FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental)
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CONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente)
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Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA)
Esses órgãos têm como missão criar, regulamentar e fiscalizar normas de proteção ambiental e a correta gestão de produtos químicos, incluindo os riscos associados ao seu manuseio.
Normas de Proteção ao Meio Ambiente
Junto aos órgãos ambientais, outras regulamentações surgiram para garantir a segurança no manuseio e no transporte de produtos perigosos:
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Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA): Criada pela Lei Federal nº 6.938, em 1981, visa a preservação do meio ambiente e a prevenção da poluição.
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Constituição Federal de 1988: A criação da Constituição contribuiu para fortalecer as normas ambientais e garantir a implementação de políticas para proteção ambiental.
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Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010): Estabeleceu medidas para tratar adequadamente os resíduos e prevenir impactos ambientais, com penalidades para atividades prejudiciais ao meio ambiente.
Além disso, existem leis e normas para o transporte rodoviário de produtos perigosos, regulamentando desde o carregamento e descarregamento até o treinamento de funcionários e o armazenamento seguro de substâncias como líquidos inflamáveis e combustíveis.
Conclusão
Ao longo dos anos, o Brasil tem desenvolvido e fortalecido sua legislação ambiental, com o objetivo de prevenir acidentes ambientais e minimizar os impactos causados pelo manuseio inadequado de produtos químicos. A atuação de órgãos reguladores e a criação de normas específicas são fundamentais para garantir a segurança e a preservação do meio ambiente. Portanto, a responsabilidade ambiental deve ser uma prioridade para todas as empresas que lidam com substâncias perigosas, para evitar acidentes e cumprir as exigências legais.